19 de agosto de 2014

Fim por fim

Nem parece, mas já faz 1 mês desde que voltei de Ouro Preto! Tinha posts pendentes, mas como a preguiça de escrever pra cá está maior que tudo, vou tentar encerrar as atividades do blog com este texto (vai que daqui 5 meses dá vontade de escrever sobre algo que nunca contei, de novo. Nunca se sabe).

Posso dizer que, em relação a turistar na cidade, fiquei em falta em muita coisa, principalmente por causa do pé, que babou as semanas que tinha programado para fazer todo o resto - a penúltima e última. Que tristeza! O passeio de trem e a visita à casa de Aleijadinho ficaram para a próxima.

Outra coisa que não falei aqui foi que visitei a Casa dos Contos. Entrada gratuita para conhecer o passo a passo da moeda brasileira - e o canto dos escravos, sempre presentes.

Já antes de ir embora, passei 1 dia em Belo Horizonte com Núlia. Claro, não podia voltar para Natal sem ter dado pelo menos um rolé na capital do estado. Conheci o Mercado Central, inaugurado em 1929 e que tem de tudo que a gente possa imaginar. Tomei um açaí massa e depois fomos numa pracinha lá do lado (que não tô lembrando o nome).

Foi nesse passeio que conheci uma iniciativa top do Itaú! Eles espalham pontos de bicicleta pela cidade. Se você se interessar em utilizá-las, deve fazer um cadastro e baixar um aplicativo para o celular que, quando ativo, destrava determinada bike que esteja disponível no momento. Não é de graça, obviamente, mas custa apenas algo em torno de 9 reais mensalmente. Núlia tinha esse cadastro e passamos o resto da tarde andando. Sério, vale muito a pena ter. Tava lendo na internet que a Prefeitura de Natal tava propondo essa parceria do compartilhamento de bicicletas com o banco e que Christmas City poderia ser a próxima a receber o projeto. Mas a noticia era de agosto de 2013 e, até onde eu sei, Natal não tem isso, ainda. Oremos.

A noite, fomos a famosa Savassi. Pra nossa sorte, estava tendo um festival e muitos museus estavam abertos. Mas, como chegamos já tarde, só visitamos o Memorial Minas Gerais, da Vale, que contava a história do estado. Inclusive, entramos em duas salas que falavam de Ouro Preto e parecia que era tudo de propósito, só pra me deixar na bad vibe por estar voltando (antes do tempo) para minha casa.

Esses museus ficam ao redor da Praça da Liberdade, que é assim:


Assim:


E assim: 


Ou seja, MUITO LINDA. Tem gente de todo tipo, classe, opção sexual, etc. Passamos o resto da noite sentadas num dos banquinhos falando sobre a vida e futuro. Uma das coisas que sempre gostei em Núlia é que o papo com ela é diferenciado. Saudades, miga! Saudades Déborah também, se não ela vai ficar com ciúmes! hahaha

E acho que é só isso mesmo. Se eu voltar a OP próximo ano, como pretendo, resolvo as pendências turísticas e conto para vocês. Beijo, gente! E obrigada a todos os que leram, pacientemente, meus posts :)

22 de julho de 2014

Despedidas e agradecimentos

Sou a pressa e o pesar, tudo ao mesmo tempo. Mesmo podendo ficar em Ouro Preto por mais duas semanas, decidi adiantar minha vinda o mais rápido possível. E não foi por não amar mais àquela cidade, mas por pensar que, se era para ficar lá sem fazer nada e sem companhia (já que todas as meninas estavam atoladas com provas finais), seria melhor voltar logo para minha rotina em Natal. 

Aqui estou e queria avisar que os posts ainda não acabaram. Tem muita coisa que não contei. Só estou aproveitando o momento para me despedir e fazer meus agradecimentos, virtualmente, àqueles que contribuíram para que esses 5 meses longe de casa se tornassem os mais inesquecíveis. 

Primeiramente, queria agradecer às Patotas, que me suportaram em bons e maus dias. Meninas, vocês me abriram os olhos sobre coisas que nunca quis enxergar. Mostraram que nem tudo acontece do jeito, nem na hora, que a gente quer. Vocês fizeram de Ouro Preto um dos meus lugares favoritos. Voltarei ai sempre que der. 

faltando a baiana :(

À Dona Linda, comadre da Patotinha, pelos bolinhos de chuchu e todo carinho. 

Linda, só você me fascinaaaa....

Às repúblicas Castelo, Pureza e ao P(V) pelos momentos divertidos. 

À Izabela, pelo companheirismo, amizade e memoráveis perdidos no Caem (que renderam ótimas histórias).

vc é mto gata, miga
quem sabe um dia o Manja entende o que vc tava querendo dizer naquele dia do Caem
quem sabe você recupera o chapéu branco de novo HAHAHAHA
quem sabe a gente ainda rouba aquele quadrinho da Reino
quem sabe a gente ainda rouba a bandeira de Pureza
ANUEUAHUEUAHEU NÃO RESISTI te amo!!

E à Déborah e Núlia, pela companhia, rocks de civil e bolinhos de chuva. E que provavelmente ficarão irritadas pela falta de foto a seguir. Relaxem, migas. Falarei de vocês na próxima.

Tchaaaaaaau, Ouro Preto! E para amenizar a saudade vou fazer um #HappyDays no Instagram, relembrando os bons momentos que vivi nesse universo paralelo cheio de ladeiras! @brenathaisa

9 de julho de 2014

O inesquecível show de Jota Quest

(diretamente do meu facebook: este texto não poderia ficar de fora do blog)

Jota Quest, a banda que eu mais escutava há 10 anos, inventou de fazer um show 0800 na Praça Tiradentes que eu, obviamente, não poderia perder por nada.

aquela felicidade
Naquele calor humano e tocando uma daquelas músicas famosas agitadas que esqueci o nome, pulando que nem pinto no lixo, enfio meu querido pé num caco de vidro que abre um corte profundíssimo e faz jorrar meu sangue - tipo, MUITO sangue - pelas ruas de Ouro Preto (pelo menos uma marca nessa cidade eu vou deixar). 

Arrasto o querido André Gonçalves (bixo da Castelo dos Nobres) para um lugar onde eu pudesse sentar para tirar aquele trem do meu pé e, com o auxilio de um casal - que infelizmente esquecemos de dizer o quanto fomos gratos por sua ajuda, entramos numa ambulância e fomos direto pro pronto socorro.

Depois de encharcar a ambulância com meu sangue (olha, mais marcas!), andei na cadeira de rodas, onde eu pensava só precisar colocar a bunda daqui uns anos - indo pra sala de parto, talvez -, sorri pra quem tava no caminho e fui repreendida pelo André, que dizia "ri não, sô".

Deitei na maca, tive a meia calça rasgada e reclamei que nem bebê na hora da anestesia e dos pontos. Pontos que, inclusive, nunca precisei levar na vida. Não por ter sofrido um acidente.

Resultado: antibiótico, vacina e duas semanas com os pontos. O que significa que não poderei curtir meus últimos dias em Ouro Preto como gostaria. Sim, isso quer dizer que voltarei para Natal em menos de duas semanas. Pelo menos a vida me ensinou a ser otimista: tudo aconteceu quando a banda tocava a última música! Curti o show inteirinho!

E, aqui de pé pra cima, só tenho que agradecer ao André, que deixou seus planos pós-show de lado pra me acompanhar! Obrigada, Cosseno! Você será recompensado!

6 de julho de 2014

4 coisas legais que não dão 4 posts individuais


  1. Lar São Vicente
    #sensual
    Old but gold! Visitamos o Lar em 18 de maio e, por mais que eu não tenha postado nada sobre isso durante todo esse tempo, ainda vale dizer que foi uma das experiências mais legais. Há uns 4 anos que não ia a um asilo e é o tipo de coisa que sempre pensei em fazer com frequência. Primeiro é aquele choque, a tristeza. A saudade de vovó. Daí você lembra que eles já estão tristes o suficiente e converte isso em todo charme, alegria e humor que você pode. Ai, gente! Amo velhinhos (e amo quando eles me amam) <3


  2. Fim de semana com Iza no Rancho 21, de 20 a 23 de junho
    Sabe quando você está estressada e precisa de um tempo out? Foi bem isso que aconteceu. Andava me estressando muito em Ouro Preto quando Iza lançou a proposta de passar um fim de semana no rancho dos tios dela lá em Itatiaia, que ninguém sabe ao certo se pertence a Ouro Preto ou a Ouro Branco.

    No Rancho 21, que tem esse nome em virtude a coincidências familiares envolvendo o número 21 (vale até 12, que invertido dá 21 rs), a gente só come uma vez: começa pela manhã e só termina a noite. Era pão de queijo, broa de fubá, biscoito de polvilho, pães e mais queijos, comida tipicamente mineira, caldo, brusqueta, brigadeiro, sobremesa de coco, bolo de chocolate, pipoca e uns 3kg a mais (é imoral o quanto engordei nesses meses!).

    Sem contar, claro, com o ambiente família e com a falta de sinal da Tim, que me permitiu passar um tempo longe do celular. Obrigada pelo fim de semana, Iza!

  3. Rolando no CAEM dia 3 de julho com a Ingryd (magnífica, especial, inigualável) 

    Depois de circular que o CAEM seria interditado em pleno festival de inverno, bateu o desespero. Por três simples motivos: é um dos meus lugares favoritos de Ouro Preto (serião), fazia 1 mês que não pisava lá e, para completar, nunca tinha rolado naquele chão maravilhoso (mãe e amigos natalenses, não pensem que sou louca, isso é uma tradição e não podia voltar para Natal sem ter vivido dessa experiência).

    Como aquela quinta seria o último show lá, fui chorar minhas mágoas com a Ingryd (a da foto, obviamente). Mas vocês nem sabem que é ela, né?

    Ela foi APENAS a pessoa que me colocou na melhor república de Ouro Preto e que me possibilitou viver todas as experiências do jeitinho que vivi. Sempre reclamou por eu nunca ter falado nada dela aqui no blog, então estou aproveitando o momento para agradecer publicamente por você, Dyh, ter insistido copiosamente na minha vinda para a Patotinha! Não pisei em nenhuma outra república antes de vir para cá e não me arrependo nem um pouco, pois não me vejo tendo vivido esses 5 meses em nenhum outro lugar, senão aqui. Desde os bons momentos, até os maus (que sempre servem mais de lição), foi tudo culpa sua, mas uma culpa boa! Sou muito grata, especialmente a você, por ter feito dessa república minha segunda casa (mesmo eu não sendo uma Patota, nem ter a chance de ser, um dia). Obrigadão!

    Agora, continuando... Sim, fui chorar minhas mágoas com a Ingryd, que imediatamente se prontificou para rolar comigo #ChupaManja hahahahah

    Chegamos no CAEM – miadíssimo, por sinal (mesmo com uma banda muito legal) - e ploft. Aconteceu. Felizmente, ou infelizmente, o chão estava limpíssimo. Levantamos e a vida seguiu normalmente. Agora posso voltar para Natal em paz! (e não posso negar que foi divertidíssimo rsssss)

  4. Pizza do Passo MEU DEUS DO CÉU
    Coisa boa é ser ex-aluno rico, né? Estávamos de boa na Ninho do Amor, onde todo mundo tem nome de pássaro, quando o Condor (ex-aluno de lá e namorado de uma ex-aluna da Patotinha) teve a brilhante ideia de pedir 10 pizzas da melhor – e mais cara - pizzaria de Ouro Preto, que estava na minha lista de “lugares a ir antes de voltar para casa”. As pizzas chegaram e NOSSA SENHORA. Melhor pizza do Brasil, juro! Sério. Sério mesmo. Melhor. Sem palavras.

    Mas dois sabores se destacaram! A Juazeiro (mozzarela especial, carne de sol desfiada, catupiry e cebolinha verde, R$39 a de 8 fatias) e a Brócolis (mozzarela especial, brócolis, bacon, alho torrado e catupiry, também R$39 a de 8 fatias). Gente, primeiro: CARNE DE SOL. Depois: BRÓCOLIS E BACON, tudo no B de “bom” demais. Foi pizza a rodo e cada um pôde fazer seu próprio rodízio.

    Então a dica especial e imperdível de hoje é: NÃO DEIXE DE PASSAR NO PASSO SE VOCÊ VIER A OURO PRETO, CASO CONTRÁRIO É ARREPENDIMENTO PRA VIDA INTEIRA. Obrigada.

2 de julho de 2014

Matriz Nossa Senhora do Pilar

De perto a igreja mais rica de Minas, Nossa Senhora do Pilar consumiu mais de 400 quilos de ouro e de prata em pó em sua ornamentação. Cheia de anjos por todos os lados - e, acreditem, cada um deles tem seu significado! - conta também com um Museu de Arte Sacra, com peças do século 18.

Em seu teto, o Cordeiro de Deus é um mistério. Por vezes, sob a cruz. Em outras, sobre ela. Depende da posição do visitante. Uma gracinha.

Cheia de conversatórios nas janelas e de pinturas doadas por maçons - que, inclusive, possuem um traço específico: é só olhar para os dedos médio e anular, eles sempre estarão juntinhos -, a imponente Pilar é difícil de ser enquadrada. Mais na frente, uma lojinha. Do outro lado, uma casinha. E a fotinha acaba saindo desse jeito...

Ok, agora parando com essas rimas cordelistas ou seja lá o que forem, assim que entrei na igreja só pensei em como minha mãe ia pirar se tivesse a oportunidade de visitar um local como aquele! A fachada não é uma das mais bonitas de Ouro Preto, mas o interior é esplendoroso.

Imagina uma missa ali dentro?! Pena que é *longe* aqui de casa :'( #MenosUmaIgrejaNoGuiaTurístico

26 de junho de 2014

Vai, Bélgica!

Calma, calma. Vamos por partes.

Lá estou eu e Iza turistando por Ouro Preto numa bela tarde de quarta-feira, quando decidimos comer na Parada do Conde. A creperia e doceria que está situada na Rua Direita (assim como metade das coisas nessa cidade) sempre tinha me atraído, principalmente pelas análises que li na internet. 

eu tenho fome da loja toda
muitos gringos ao fundo
Como todo o resto de OP, a creperia estava cheia de gringos, que por acaso estavam assistindo ao jogo que eliminou a Espanha da Copa. E lá fomos nós comentar da gringolândia ao nosso redor comendo uma tortinha e tomando um suquinho de maracujá, que minha mãe jurou que era cerveja por causa de espuma HAHAHAHAHA 

Quando liguei pra explicar/implorar que era suco, ela falou "VOCÊ QUER ME MATAR, MENINA?" Calma, mãe!

Tortinha de carne de sol com abobrinha: R$5
Suco de maracujá mais doce que eu: R$5

Papo vai, papo vem, começamos a identificar a nacionalidade do povo. Uns argentinos, outros argentinos, um pouco mais de argentinos, alemães, japonês e belgas, que estavam falando de nós, crendo e abafando que não estávamos entendendo nada. Gringo é um trem engraçado. 

Observação importante: a atendente do Parada não sabia falar inglês! Como é que um funcionário de uma doceria localizada na rua mais famosa de Ouro Preto, cidade completamente turística que atrai gente de todas as partes do mundo, não sabe falar a língua universal? Para ela entender que o belga queria 5 caipirinhas demorou muito! Até olhou para nós dizendo que não estava entendendo nada e pedindo ajuda. E olhe que era caipirinha... Imagina se fosse um doce X e o cara perguntasse os ingredientes... Que vergonha! E o cardápio, que poderia ajudar os estrangeiros, é completamente em português. Nota 0 para a creperia nesse quesito. Se bem que, se formos analisar, grande parte dos funcionários só fala português mesmo. #MeContrataQueEuVou #Serião

Continuando...

De repente chega um dos caras perguntando se a gente fala inglês e claro que yes, né. Perguntou se podia colocar um adesivo da bandeira da Bélgica em nossas testas (coisa que fez até com os argentinos) e yes de novo. Resultado:

andando pela rua e sendo confundidas com gringas (sem mentiras)
No fim das contas, sentamos a mesa com os caras e haja falar inglês (vale ressaltar que um deles sabia falar um pouco de português). Começaram a contar dos filhos - dos que estavam presentes e dos que ficaram em casa, do tour deles pelo país para acompanhar os jogos da seleção belga e de como os brasileiros são mente aberta. Também tinha um japinha na mesa com eles e procurei um gif especial para retratar meu sentimento por japinhas:


Também poderia achar um gif pra mostrar meu amor pelo sotaque britânico! MUITO superior ao dos americanos e muito mais fácil de entender ❤ #PartiuEuropa

Ah, esqueci de contar! Também comi uma torta doce, de nozes com um creme gostosíssimo que não estou lembrada no momento. R$7,50. Foi uma dificuldade escolher qual das tortas eu queria. Uma mais bonita (e aparentemente gostosa) que a outra!

E é isso ai. Esse dia foi massa. Os 4 anos de curso de inglês nas tardes/noite de sábado valeram a pena kkk Agora é só aproveitar o resto da Copa pra praticar ainda mais! uhuw

25 de junho de 2014

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Mais conhecida como Igreja Redonda, a Rosário nasceu do trabalho de escravos. Eles, que eram proibidos de participar das mesmas missas que os brancos, também precisavam de um espaço religioso. Eis o resultado.

Sua construção definitiva foi iniciada em 1716, com a fachada de autoria de Miguel Francisco de Araújo. A planta, em forma de elipse, é um exemplo raro na arquitetura barroca no Brasil.

Ao contrário do que se imagina, o interior da Igreja é fora do "padrão" Ouro Preto. Tudo muito simples, praticamente sem ouro e entalhes. Mas a simplicidade faz parte de sua beleza. 

Detalhe interessante: há conversatórios - dois banquinhos, em cada janela, para quem ia a missa só pra conversar. Tá bom de começarem a construir nas novas igrejas. O público religioso da fofoca nunca acabará kk

Como não podemos tirar fotos, pesquei uma das internetes pra mostrar a vocês: 

do flickr de alguém que manja das ilegalidades
Essa imagem está contrastada demais, dá a impressão de que é mais dourada do que realmente é. E, não sei se está dando pra perceber, mas a maioria dos santos são negros. Tão bonitinha :)

19 de junho de 2014

Museu da Inconfidência e promessas

Mais de 4 mil peças formam um dos museus mais legais que já visitei (não que eu tenha visitado muitos, mas...). Nem tão grande quanto a gente imagina antes de entrar, nem tão pequeno que seja insignificante, o Museu da Inconfidência guarda viva a história de Ouro Preto, de Minas Gerais e, claro, do Brasil. 

saudades da magreza
O abundante ouro que voltou os olhares de Portugal para Minas, o Pico do Itacolomi como ponto de referência para os garimpeiros, o trabalho escravo, a revolta dos portugueses e intelectuais com o Quinto - imposto cobrado pela Coroa Portuguesa em cima da extração do ouro - e como tudo se encadeou para a Inconfidência Mineira, são os principais pontos da exposição.

Ao contrário de outros lugares aqui de Ouro Preto (igrejas, por exemplo), dá pra visitar o Museu sem guia de turismo. As salas possuem um painel com vídeos interativos e explicativos, além de todos os objetos serem catalogados por seu material, época de criação e autor/artista.

Como era de se esperar, a religiosidade está totalmente interligada. Comumente o visitante se depara com esculturas de divindades. Dentre elas, encontramos as de Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho. O visitante não pode tirar fotos, mas eles disponibilizam o acervo no site do Museu (que estará logo ao fim da postagem). A minha obra favorita:

Não é aniversário do Aleijadinho, mas ele tá de parabéns

Na foto pode parecer pequenininha, mas "São Jorge" é praticamente da altura de um negão 1,80 (ou mais). Deu até pra brincar que ele estava me atacando com a lança hahaha! No mais, foi criada no século XVIII/XIX e feita de madeira, tintas e ouro - como sempre. Linda demais!

Sobre Tiradentes, especificamente, podemos ver pedaços da forca e sua carta de condenação. Inclusive, entre os envolvidos na Inconfidência, ele foi o único a ser enforcado. Os demais foram exilados/sofreram outros castigos bem menores. Um dos painéis interativos trata de um joguinho mostrando o passo a passo do evento. A parte "ruim" desses painéis é que exigem tempo - ou seja, não vá visitar com pressa!

Agora é o momento que eu agradeço a Amanda pela companhia na turistada! Valeu, boy (:

gringo tirando foto
E, antes tarde do que nunca, cumpri a promessa que fiz a Caio! Tomei o Chocolate Escocês que ele tanto ficou na vontade de tomar quando veio a Ouro Preto!

Brena engordando @ Chocolates Ouro Preto
Whisky, chocolate amargo e chantilly. Pense num troço forte! Se me lembro bem, custou, no máximo, uns R$6,50! Pra acompanhar, pedi um pão de queijo (R$2) e, depois - completando a gordice, um petit gateau (R$12 ou R$13) =^-^=

mélior parte
Promessa dada é promessa cumprida! Valeu, Caiolino (: sdds zoeira

Por hoje é só, migos! Como falta apenas 1 MÊS E 10 DIAS <3<3 para voltar a Natal, vou bombardear esse blog com postagens durante as próximas semanas. Correndo com a vida aqui pra visitar tudo o que eu puder. 

E aqui, o site do Museu: Museu da Inconfidência

26 de maio de 2014

Intercom Sudeste 2014: só Vitória!

(Foi mal o trocadilho ruim, mas não pude resistir)


E ai, galera de Natal. Beleza de Creuza? Tô fazendo esse post pra contar a vocês dos meus dias em Vitória/Vila Velha, no Espírito Santo, para participação do Intercom Sudeste. 

O evento ocorreu na Universidade de Vila Velha (UVV) e foi semana passada, de 22 a 24. Cheguei cedinho em Vitória para deixar as malas no hostel Onça da Praia (onde me hospedei, obviamente) e correr pro credenciamento. Esqueci o nome do bairro que fiquei, mas era na praia de Camburi. Only sucess e calor parecido com o de Natal!

Ester (que não é da UFOP), Stênio, Ingryd, (Luana, talvez?),
 Alex, Fábio, Flávia e João & Lívia (que ficaram no hostel comigo)
A distância entre o hostel e a universidade, de busão, é de uns 30 minutos. E a paisagem no percurso é linda demais. Tudo cheio de mar, rio, barquinhos, ciclovias - onde passa muita gente bonita! 

Chegando na UVV e feito o credenciamento, para onde vamos? Praia, claro! Que pra mim não chega a ser o evento do ano, já que Natal tem várias praias quentinhas, mas sabe como é pra quem não tem praia em sua cidade, né? O povo da UFOP que foi comigo fez a festa! Enquanto isso, tirei um cochilo de buenas, o sono tava de matar.

Praia de Itapoã  - água do mar mais gelada que picolé
A noite fomos comer no Stadium Burguer e, para minha enorme felicidade, eles faziam suco de cajá! Matei as saudades, mas deu a impressão de que o povo por aqui não sabe muito bem fazer o suco, tava doce demais. Mas enfim, só de tomar esse suco depois de 3 meses já é grande coisa hehe. Ah, e o Stadium é muito legal! Não pedi nenhum hambúrguer, pois já havia comido um Subway, mas fui nas batatas fritas e foi sucesso demais. Sem contar que a trilha sonora da noite foi Skank... Muito ruim, nota 10! #AjudaLuciano


Na sexta não deu tempo de turistar muito, passamos o dia no congresso. E adivinhem quem eu conheci? O Audálio Dantas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Pra quem não sabe, ele é jornalista e escritor. Lindo de viver! Tava vendendo e autografando seus livros. "Como é seu nome? Brena?! Que nome bonito" 



Passei o resto do dia tentando decifrar o que ele escreveu em um dos livros e, bem mais tarde, fomos na Rua da Lama, um dos points de Vitória. Mais cheia que o circular da UFRN, onde dois corpos podem, sim, ocupar o mesmo lugar, a Lama é repleta de bares, lanchonetes e, de novo, gente bonita. Limpar a vista é recorrente demais hahaha

E ai o sabadão chegou e a falta do que fazer no Intercom também, então vamos turistar. Resultado: passeio na orla da praia de Camburi, caminhada até o shopping Vitória e Convento da Penha, em Vila Velha. 

Píer da praia de Camburi
                         
Vista do Convento da Penha
Vale ressaltar que, além de conhecer uma nova cidade e participar do congresso, a viagem também valeu a pena por me proporcionar conhecer novas pessoas, como Esther, Agatha e Alessandra, que me acompanharam no passeio de sábado e foram minhas companheiras de quarto no hostel! Foi legal demais, meninas!

Agora seguem fotos aleatórias =^-^= 


Agatha e Esther


--
fim.


12 de maio de 2014

Primeiras vezes de Ouro Preto

1. Levar cantada envolvendo seu regionalismo: "Quem nasce no Rio Grande do Norte é o quê, além de linda?"

2. Expirar o oxigênio e ver aquele arzinho branco saindo: Uma das partes mais legais do frio! Ok, isso é bem coisa de matuta, mas é engraçado porquê lembro de Natal e do quase cuspir fogo (será que sou exagerada? hahaha)

3. Deitar ao sol só para espantar o frio: Essa também é inédita. Enquanto em Natal a gente sai na rua caçando sombras, por aqui a gente corre atrás do sol pra dar uma esquentadinha

4. Programinhas frequentes com os amigos: Costume que quero levar pra Natal (e não vale Thomas, nem Whiskritorio, nem Casanova, nem nada que envolva mais de 5 reais para cada um). Aqui em Ouro Preto tudo é motivo pra se reunir, conversar, comer, beber, ou seja lá o quê. Tirou 5 na prova que valia 10? Vamos fazer um café da manhã caprichado! Inclusive, seguem fotos simbólicas do almoço que tivemos na Castelo dos Nobres, a república mais antiga da América Latina!

yummi
Karine, Iza, BC e Núlia




















5. Pegar caronas e conhecer todo tipo de gente: Inclusive meninos aparentemente ricos e muquiranas.  No dia da escolha da Cecília, tava na parada há 1h, quando para um menino perguntando se eu e outra menina que também estava no ponto, íamos pra OP. Dissemos sim e entramos no carro (daqueles enormes, por sinal). "Uhu, carona, salvou minha noite". Ele era lindo, loiro e simpático. Ok, né. A outra menina desceu primeiro que eu e, quando ela disse obrigada, ele virou e falou "uai, mas você tem que pagar". MEU DEUS DO CÉU, O QUE É QUE CUSTA UMA CARONINHA, SEU MERCENÁRIO?!!!!! Quando a mulher desceu, ele ainda disse "que mulher esperta hehe". Ai é nessa hora que você dá uma risdinha pra disfarçar seu ódio. Ainda por cima, passei o caminho todo escutando Gino e Geno. Sem mais comentários (mas, gente, não custa nada avisar antes que não é carona...)

6. Ninguém entender o que você tá falando por causa do sotaque: Quem me conhece já sabe que falo rápido, imagina quem não tá acostumado com meu jeito e meu sotaque. Juro que teve uma vez que foi preciso chamar um tradutor pra pessoa entender o que eu tava falando... Né fácil, não...

7. Bolos de laranja, fubá e banana com canela: Porque morar "sozinha" desperta melhor sua veia culinária

prontíssima para casar
8. Usando cartão de crédito sem pensar no amanhã: E dividindo tudo até a duração da minha bolsa, já que mamãe não pode entrar na jogada. MAS É MENTIRA, MÃE, FAÇO USO CONSCIENTE. ABRAÇO.

A escolha da Cecília

Ceci em: Eu não mereço mais ser escrotizada
Depois de longos meses de batalha o grande dia chegou para Cecília! O dia em que ela deixou de ser bixo e se tornou uma legítima patota. 

E ela talvez nem imagine a felicidade que 'nós', calouras da Patotinha, sentimos. Desde as primeiras desconfianças até a certeza de que seria na sexta, a ansiedade tomou conta de cada uma. O cuidado para não dar bandeira. A mentira de que eu ia dormir em Mariana, mas na verdade estava eu, há 1h na parada, esperando o ônibus pra voltar pra casa e me arrumar pro rock mais feliz dos últimos dois meses.

E talvez eu nem tenha mais como explicar o resto da noite. E você, de Natal, que está lendo esse post, não deve estar entendendo nem um pouco da emoção. É o tipo de coisa que você precisa ver de perto. O tipo de coisa que dá vontade de morar em Ouro Preto. Mas chega dessa baitolagem e vamos às fotos. 

etxa lelê, como eu amo foto espontânea
depois de muitas horas de enrolação.... "sofri, chorei largaaaaado"
maquiagem exuberante
*possuída*
e tal, tal tal

Parabéns, Ceci!!!!
*este post sofreu extrema censura #saudadesliberdade #ditadura* 

5 de maio de 2014

O amor tem gosto de chocolate quente

Sabe aquele dia em que sua única certeza (além de começar uma nova dieta) é a necessidade de tomar um chocolate quente? Pois bem. Fui na Puro Cacau matar a vontade - que fica na Rua Direita e que, por ironia, está ao lado do Porão Cervejaria, outro lugar já visitado por mim.

qualidade terrível por motivos de: foto de celular
Na verdade, a Puro Cacau foi minha segunda opção. Queria ir na Chocolates Ouro Preto (COP) para tomar o Chocolate Escocês em homenagem a Caiolino, mas cheguei lá e não tava mais rolando. Chorei. 

Enfim, o lugar é bem fofinho e quentinho. Pelo que conferi no cardápio, os preços são mais altos em relação a COP. Se é melhor, não sei. Mas depois vou lá e faço a comparação. A única coisa que não curti muito foi essas cadeiras nada confortáveis (e que estão em todos os estabelecimentos dessa cidade, pelo que parece).

pela janela dá pra ver a "varanda" da Porão e parte da rép Tabu
A princípio, pedi um pão de queijo (R$3) e um Chocolate Europeu (R$7) - "a base de cacau com consistência cremosa" foi tudo o que tinha pra descrever a bebida. Achei a taça pequena, mas tá de parabéns!  Taste like love e coloriu meu dia que tava super depressivo com saudade de casa  

"muito ruim, nota 9" #AjudaLuciano
Depois, fiquei com vontade de pedir uma salada, pois sou uma pessoa light. Eram duas opções: Caesar salada (R$13) e salada da casa (R$12). Fiquei com a primeira opção. 

Fatias de frango, croutons, alface americana,
parmesão e molho especial (molho de mostarda)
E é tão boa, mas tão boa, que to pensando em fazer na Ceia de Natal desse fim de ano. Super leve, saborosa e simples de fazer. Deu até vontade de viver só de salada hahaha!

Como vocês são bons em matemática, dá pra perceber que paguei uns R$23 nessas comidinhas. Ah, e teve o tal dos 10%. Mais de 25 reais gastos e nenhum arrependimento. Recomendo demais (aparentemente recomendo tudo, mas é isso aí). 

Amanhã tem mais post, aguardem (: 

sem contar que, em breve, estarei anunciando minha data de retorno pra Natal.

2 de maio de 2014

(o sensacional) Miss Bixo (que só eu e a Iza curtimos)

Antes tarde do que mais tarde ainda, vim falar de um dos acontecimentos mais legais do mês passado: o famoso (e temido pelos que não concordam que tzne) Miss Bixo! Mas antes preciso traduzir os termos aos natalenses.

"Bixo" é a mesma coisa que "calouro", só que de uma forma mais pejorativa, e se resume a quem está batalhando nas repúblicas. "Batalha" é o processo de adaptação do bixo à sua (talvez) nova casa. Dura, no minimo, três meses. Nesse período, os moradores da casa fazem avaliações constantes  do bixo, onde decidem se ele já está pronto para fazer parte da família (a decisão precisa ser unânime) ou se não faz o estilo da república. Caso a segunda opção prevaleça, o bixo é catado (descartado) e tem que começar o processo de batalha novamente, só que em uma nova casa. 

Continuando... 

O Miss Bixo é uma festa onde os bixos são fantasiados para um desfile no Caem (lugar onde ocorrem festinhas da UFOP). Antes do grande evento,  cada república escolhe uma outra (ou outras) para um rock pré-desfile e entram em acordo para decidir o tema da fantasia.

A Patotinha fez o rock com a Tabu, Bastilha (masculinas) e Rebu (feminina). Entre minions, Alice no País das Maravilhas e viatura da paixão, escolhemos "dominó" e a música para desfilar foi uma da banda Metallica, o que faz você concluir, caro leitor, que o pessoal das outras repúblicas é meio do rock pesado.

lembrando que eu não tinha obrigação nenhuma de participar
O melhor de tudo (ou pior): tinha coreografia!, o que deixou a ideia da fantasia genial. Formaríamos uma fila e cairíamos que nem dominó. Pelo menos era essa a intenção.

Deu a hora do desfile e lá fomos nós enfrentar o inferno que estava aquela fila para entrar. Dentre tantas coisas engraçadas que ocorreram nesse espaço de tempo, vou contar só uma. A querida miga Iza fez o favor de apertar um menino aueres que tava ao meu lado, sem que ele percebesse. Resultado: ele achou que tinha sido eu e ficou tentando ficar comigo AHUEAHUEAHUEAHUEHUAH e eu "migo, você tá muito exaltado, eu não te apertei, não". Ok, agora vamos prosseguir.

Depois de intermináveis minutos sendo sufocados naquela fila maravilhosa, deu a nossa hora de subir no palco. E, adivinhem: NÃO CONSEGUIMOS FAZER A FILA!!!!!!!! Tipo, até tentamos, mas 99% do pessoal preferiu pular e bater cabeça. Na terceira e última tentativa, o locutor achou que não íamos dar conta e disse "vocês estão desclassificados". Foi justamente nessa hora que conseguimos cair e executar a coreografia AHEUAHUEAHUE triste

E foi mais ou menos isso, depois do desastre só nos restou curtir a festa e desviar dos Vagnelsons (segundo Alice, são aqueles homens que ficam alisando seu cabelo quando você passa por eles e essas outras pedreiragens kkkk).

(Tô pensando em fazer um vídeo para um provável próximo post. Que acham?! ~deem dicas e sugestões do que vocês querem que eu fale~ abs)

23 de abril de 2014

Morro da Forca

Na parte mais alta do bairro das Cabeças foi erguida uma forca. A primeira de Vila Rica. Ali, condenados eram enforcados em postes. Com o aumento do número de habitantes, a forca teve de ser transferida para um morro, hoje conhecido como Morro da Forca

Núlia me acompanhou :)
Beleza que o tio Tiradentes foi enforcado, né? Mas o que muita gente que vem a Ouro Preto e conhece o Morro da Forca não deve saber, é que o grande mártir (para alguns, farsa) da Inconfidência morreu no Rio de Janeiro, não aqui. Sério, tem gente dizendo que Tiradentes foi morto no Morro da Forca. Tudo mentira. 

Também não dá pra julgar quem sai daqui mal informado. Faltam guias e placas que expliquem melhor a história do lugar. A única placa foi arrancada, o que deixa o turista sem saber o que entender.

igrejas, igrejas everywhere
Sim, dá para ter uma ótima vista da cidade lá de cima. Sim, o clima lá é mais fresco que o comum. Mas sabe quando a gente percebe que as pessoas não dão a devida importância? Pois é.

o menino, a forca e a cidade 
Começando por "sentar na forca". Acho que nem preciso explicar muito, mas segue a lógica: história de Ouro Preto = forca = gente morta = pessoas de luto e você vai e senta no monumento? Para completar, adicionemos pichações e grafite. Eu posso estar sendo chata, mas que devia ser mais valorizado, devia.  Enfim, mesmo com todos os poréns, lá é incrível.

O Itacolomi tá em todo canto, incrível
Os visitantes se resumem, quase que exclusivamente, a moradores que se reúnem para fumar maconha. Se refletir olhando aquela paisagem sem usar drogas já é massa, imagina a vibe de quem tá sob efeito! AHUEAHIEAHIEAHIEAHIE Sério, muito bom visitar o Morro da Forca com os amigos (no meu caso, com Núlia) e ficar à toa. Talvez a mágica do lugar não seja nem sua história, mas a importância de quem está ao seu lado.


vamos fingir que eu não estava com medo hehe

Fui embora com o dever de voltar.